"O mundo magro." Capítulo 1

Olá. Quero apresentar-lhe o primeiro capítulo de uma história fantástica. Um pouco sobre tecnologia, um pouco sobre pessoas. Espero que seja interessante.



As florestas seculares intocadas pelas batalhas estavam cheias de nevoeiro e orvalho na hora fria do amanhecer. O sol entrou na folhagem amarelada e perturbou o sonho de Marinin. Ela fez uma careta, abriu os olhos, esticou-se e sentou-se, dobrando a ponta do grande saco de dormir. O saco de dormir menor já estava vazio.

Marina bocejou e olhou em volta. A manhã pintou de azul um vestido fechado com mangas rasgadas, todo cortado e com feridas vermelhas no rosto e no pescoço. As feridas estavam frescas.

Lisa? Ela chamou, sua voz um pouco rouca de sono, e levantou-se, afastando-se. - Lizka, saia.

Ah! - um grito de guerra soou atrás do arbusto, e Marina se virou bruscamente, colocando a mão para a frente e apoiando o pé na raiz da árvore, como se repelisse o ataque. Fora do mato, sem se esconder, um filhote untado pulou de macacão e tênis, tamanho maior que o necessário, e triunfantemente estendeu um sapo montado em uma lâmina - eu peguei!

Marina suspirou, escondeu a mão atrás das costas e disse com firmeza:

- Lisa, o que eu disse sobre os animais?

Lisa escondeu bruscamente a lâmina na mão, da qual o pobre sapo caiu no chão e disse:

- Eu a soltei. O que você pegou? O que está por trás de você?

Marina sorriu, deu de ombros e mentiu:

- Nada. Então, aquecendo.

Por força de vontade, ela forçou o cano da espingarda no antebraço. Como se as pétalas de uma flor estranha se fechassem em um pincel humano, a pele retornava um tom rosado e as articulações se tornavam opacas, leves e perfeitamente alinhadas.

- Vejo? Ela estendeu a mão trêmula,

mas Lisa não estava mais olhando. Ela escalou um galho de árvore - veja para onde ir. Ao mesmo tempo, imaginou-se marinheira no mastro e gritou algo sobre bomba-brahmsels. Escalou como uma criança normal, agarrando-se a dedos tenazes, empurrando os tênis para cima, cada vez mais alto.

- Uau, bem no curso do lago!

Isso não era novidade. No istmo da Carélia, é difícil esconder-se de lagos e aldeias de férias.

"Nenhum desastre ou piratas?" - perguntou Marina, arrumando seus sacos de dormir.

"De jeito nenhum", Lisa habilmente pulou e correu para ela. Marina puxou um cachecol lavado e tentou tornar o rosto da irmã reconhecível. Então ela sentou-se nas raízes com ela e tirou algumas rações da mochila.

"Eu quero uma maçã", disse Lisa, mastigando e empurrando as pernas.

- Não fale com a boca cheia - respondeu Marina, mordendo o bar. - Se encontrarmos uma macieira, vamos transbordar, prometo.

"Onde estamos indo?"

"Oh, que pergunta difícil."

- Lembra da Ellie? "Vamos para a cidade esmeralda, a estrada difícil", ela cantou, "é assim que somos". Vamos ao grande Goodwin.

"Uau", disse Lisa, "ele pode pedir tênis novos?"

"Claro", respondeu Marina, sorrindo.

"Não", Lisa franziu a testa, "não". Melhor fazê-lo para que nunca mais brigemos. Então você é sempre verde.

Em Marina, um com foi à garganta. Lisa examinou os cortes profundos em sua caneta. “Não pude me conter, não segui”

- Vamos pedir isso a ele. Está indo?

Lisa assentiu.

- Está chegando.

* * *

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Mais tarde, lembrando-se dessa conversa, Marina não conseguia se lembrar com certeza - ela gostava de suas novas pinturas, que ele pintava em dezenas por dia? Quem os pintou - ele ou o carro? Quem então desenhou seus próprios desenhos - a própria Marina, ou milhares de pessoas diante dela cujos carros ouviram os movimentos corretos e incorretos?


* * *

Perto do meio dia, eles novamente chegaram à ferrovia.

- Vamos de trem? - perguntou Lisa.

- Não, lebre, os trens não circulam - respondeu Marina, olhando em volta - cansada?

"Eu posso andar por um longo tempo", respondeu Lisa e acidentalmente mudou o formato do pé. Tênis mais uma vez rachado.

“Ei”, Marina disse severamente, “você rasga seus sapatos, fica descalça.” Como um hobbit.

"E quem é o hobbit?" - A garota correu de cascalho, afundou de quatro e encostou a orelha nos trilhos - ninguém vai!

Marina atravessou o caminho e preparou-se para mergulhar no mato da floresta, quando de repente o barulho de uma hélice a atingiu. Ela congelou e atraiu Lisa para ela, gesticulando em silêncio. Parece silêncio.

"Onde estamos agora?" Ela perguntou em um sussurro.

Lisa pensou por um momento. Em algum lugar em seu cérebro, o módulo Young Naturalist tentava estabelecer um local sem um sinal de GPS. Ela começou a olhar em volta - de maneira não natural, brusca, examinando - e desistiu.

- Estação "Orekhovo". Lago "figurado" ao norte, dois quilômetros. Vamos para o lago?

- Chumbo. Apenas não na trilha.

Tendo dado alguns passos fundo na floresta, Marina se virou. Algo brilhou ao longo da estrada de ferro? Ou parecia? Ela olhou para o relógio - 12.33.

“Hora certa para problemas”, ela pensou.

* * *

Esta guerra deveria ofuscar a história das guerras anteriores. Deveria começar o maior massacre e terminar com um apocalipse nuclear. A sinfonia foi pintada de acordo com as notas, os instrumentos foram afinados, os maestros entraram no palco em impecáveis ​​casacos pretos com varinhas afiadas - e às 12.37 marchas começaram a tocar.

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Depois de meia hora, os gritos na rua cessaram, apenas gemidos e gritos foram ouvidos. A dolorosa expectativa do apito de bombas caindo pairava no ar.

Mas as bombas não caíram.


* * *

A estrada ao redor do lago levou quase o dia inteiro. De vez em quando a caminho, deparavam com estacionamentos abandonados - tendas, carros e até um barco inflável lançado na água. Em alguns lugares, varas de pesca ficavam nas vespas. Marina tentou examiná-los cuidadosamente primeiro, mas Liza, como sempre, agilmente avançou, ou de repente gritou de um galho de árvore "olha, aí está o tio!" O coração de Marina estava se contraindo, e ela não poupou as pernas para contornar esses campos.

À noite, instalaram-se em uma área arenosa, discreta da estrada, com vestígios de fogueiras antigas e uma pilha de lixo nos arbustos. O drone os alcançou lá.

Marina foi a primeira a ouvir o barulho irritante da hélice e levantou-se cautelosamente. Ele voou para algum lugar distante, o som foi refletido repetidamente pela superfície da água e ocultou sua localização.

"Venha aqui", Marina perguntou calmamente e sentou-se nos braços de velhas raízes, mordendo a areia. Lisa correu silenciosamente e sentou-se ao lado dela, encolhida debaixo do braço.

O som cresceu. Com ele, tambores ecoaram nos ouvidos e uma sirene uivou gelada. Marina sentiu um desejo furioso de ocupar um lugar nas fileiras e repelir qualquer inimigo.

- Marina ...

- Sim, lebre?

"Você está corando."

Marina se agachou e pegou Lisa pelos ombros. Ela tremeu e soluçou.

- Lizka, me escute. Este não é você, entendeu? Você não quer brigar. Você tem que suportar isso como uma injeção. Vamos lá, imagine que eles lhe dão uma injeção e você só precisa aguentar. Seja forte, não desista. Ei! - ela sorriu alegremente e acariciou os cabelos da irmã - você é minha inteligente, pode lidar com isso.

O uivo de uma sirene na minha cabeça cresceu. A visão falhou, causando interferência - aparentemente o drone estava tentando estabelecer comunicação com a sede. Marina rapidamente olhou em volta, tentando detectar uma infecção voadora. E quando olhou para Lisa novamente, viu apenas uma mancha vermelha brilhante, uma mancha vil e espessa. Blot sorriu nojento.

“Não, é tudo mentira. Esta é Lisa, eu sei. Você não pode me enganar.

"Não", ela perguntou. A imagem piscou por um momento, revelando uma garotinha assustada. E então um barulho ecoou - a proteção funcionou, e a mão exposta agarrou a lâmina que voava nela.

Marina se recuperou, largando a mochila e a jaqueta interferente. Colocando a mão esquerda para a frente, ela tentou transformar a outra mão em carrapatos - era conveniente que restringissem Lisa sem causar danos. Mas um rifle saltou contra sua vontade e um tiro soou.

"Aqui está lixo, eu te dei uma descarga!" - jurou mentalmente Marina. Uma bala derrubou uma pilha de lascas de uma árvore e ricocheteou no lago. Lisa conseguiu se esquivar e agora brilhou entre as árvores, aproximando-se. Seus olhos ardiam com o ódio de outra pessoa.

Girando no local, Marina, no entanto, perdeu o momento, e a irmã a atacou por trás com um turbilhão de aço. Com dificuldade para lutar, a garota deu um estalo afiado para a frente e bateu no balanço traseiro. Lisa voou alguns metros, rolou como um gato e enfiou lâminas - braços e pernas - em uma árvore. Ela se virou, torceu, parecia mal. Havia uma nova marca vermelha em sua bochecha.

"Senhor, perdoe-me, Lizka." Era algum tipo de tortura, um pesadelo, um conto do mal. Novamente, novamente e novamente. A menina correu para o lago, correu e mergulhou em peixes, entrou como uma faca no óleo, sem espirrar e espirrar. Marina pegou o tronco de uma árvore para recuperar o fôlego e sentiu dor na mão esquerda. Microcarros brincavam nas frestas de cortes sangrentos, restaurando a carne fraca. “Feche a brecha na defesa”, Marina pensou com ódio impotente, “Um dia eles vão me substituir todos. Para minha segurança, eles vão me matar.

Lisa não apareceu. A água estava nublada e Marina não sabia onde esperar pelo ataque. Eu escutei.

"Quieto. Somente os sapos naquela ponta do lago são kurchichut. Por conta própria, ou Lisa estava com medo? Bem, pelo menos o drone não é mais ouvido. Voou para procurar outros desvios de rascunho. E quem os criou, onde ele está agora? Com quem briga - com filhos, amigos, pais? Dizem que tudo pode ser usado para o bem ou para o mal, que o inventor não tem culpa. Mas quem criou esses comissários voadores sabia o que estava fazendo?

Estava ficando escuro. Marina começou a se preocupar. O apelo terminará em breve e Lisa entenderá onde ela está e o que há com ela. Por que eu decidi que isso terminaria em breve? Ainda posso ouvi-lo, ainda tenho sede de sangue. E Lisa ouve. Oh, está escurecendo. E ela tem visão noturna, mas eu não tenho ... ”

“ Você espera a noite ”, ela disse em voz alta:“ Você realmente vai me matar então? ”

Houve um som ensurdecedor. Lisa pulou da água como um tigre de uma emboscada, pairou no ar e, com um grito triunfante, caiu sobre a irmã, arrepiada com as pontas das lâminas. Marina pulou para trás, jogou a palma da mão esquerda para frente e disparou um flash diretamente em seus olhos azuis favoritos.

Lisa foi jogada na areia e tremida. Braços e pernas convulsionados, mudando de forma aleatoriamente, e ela própria estava terrivelmente longa e uivando. Então a sirene em sua cabeça ficou em silêncio, e o uivo deu lugar ao choro. Marina se ajoelhou ao lado de sua irmã e a abraçou com força.

- Tudo, tudo, meu amigo, não chore. Está tudo acabado. Perdoe-me, desculpe.

Vá para o capítulo 2

Este ainda é o primeiro capítulo da história (não presumo prever quantos serão todos. Talvez dois :)
Se você estiver interessado, postarei os próximos enquanto escrevo.
Comentários e comentários são bem-vindos.

Obrigado por sua atenção e tenha um bom final de semana.

Source: https://habr.com/ru/post/pt381387/


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